Programa Acolher, da SPLS, alcança populações muito vulneráveis com excelentes parceiros

Data Evento

30 de Setembro, 2025    
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Programa Acolher, da SPLS, alcança populações muito vulneráveis com excelentes parceiros

Projeto apoiado através da iniciativa social descentralizada do banco BPI – grupo Caixa Bank e Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa

 

“A Farmácia Estácio Xabregas, uma Farmácia Shee, não poderia ficar indiferente a esta causa. Acreditamos que cuidar é fazer a diferença, e porque com saúde a vida é mais fácil, unimo-nos à Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, para apoiar mulheres refugiadas e vítimas de violência.”

 

Programa ACOLHER da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde agradece o excelente apoio da Farmácia Estácio, das Farmacêuticas Dra. Mónica Gomes e da Dra. Isabel Mota em produtos para as intervenções junto de mulheres migrantes e vítimas de violência.

Muito obrigado por este vosso gesto de grande generosidade e solidariedade.

Que outros intervenientes na sociedade possam fazer o mesmo que fizeram de forma tão responsiva. Muito obrigada em nome de todos os destinatários da vossa oferta e em nome de todos os mais de duas dezenas de especialistas que estão a trabalhar para que haja mais saúde, mais bem estar e competências neste programa a nível nacional.

Apelo à participação: As organizações ligadas ao mundo farmacêutico, as associações de maior dimensão, ou não, têm também esta vertente de responsabilidade social e de contribuir para a capacitação destas pessoas mais vulneráveis, pelo que apelamos para que contribuam para este projeto de humanização da sociedade, e de participação individual e social. Todos temos um contributo para fazer dos outros melhores.

Prof. Doutora Cristina Vaz de Almeida, Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde

 

Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) anuncia o lançamento do Projeto ACOLHER, uma iniciativa nacional pioneira dedicada à deteção precoce de problemas de saúde prioritários em populações refugiadas e migrantes adultos muito vulneráveis. O projeto visa facilitar o acesso a cuidados de saúde, promoção da saúde e prevenção de doenças através de uma abordagem inclusiva, humanizada e culturalmente sensível, inspirada nos princípios da literacia em saúde e no reforço dos direitos humanos.

Um programa de saúde com impacto social

Projeto ACOLHER responde a uma necessidade urgente: garantir que pessoas em contextos de fragilidade extrema tenham oportunidades reais de diagnóstico precoce, aconselhamento e encaminhamento para cuidados adequados nos domínios biopsicossociais.

Com atuação a nível nacional, o programa integra um conjunto de especialistas e adapta-se às solicitações das entidades locais, ajustando recursos e equipa para chegar a quem mais precisa.

Este programa visa sobretudo migrantes e refugiados, embora possa abranger outros públicos muito vulneráveis como a população sem abrigo e outros.

Enquadramento

A cultura foi definida como os pensamentos, comunicações, ações, costumes, crenças, valores e instituições de grupos raciais, étnicos, religiosos ou sociais (Bjarnason, Mick, Thompson & Cloyd, 2009).

Para compreender e agir sobre as necessidades únicas e diversas dos pacientes, é essencial que os profissionais entendam a importância das diferenças culturais, valorizando, incorporando e examinando seus próprios valores e crenças relacionados com a saúde e das suas organizações de saúde, para conseguirem com eficácia apoiar o princípio do respeito pelas pessoas e o ideal de cuidado transcultural (adaptado de Bjarnason et al, 2009).

A competência cultural tornou-se uma preocupação importante para a prestação de cuidados de saúde contemporâneos, com implicações éticas e legais.

Engebretson et al, 2008, consideram que para tornar a competência cultural relevante para a prática clínica, torna-se necessário um continuum de competência cultural que identifica os níveis de competência cultural (desde a destrutividade cultural, incapacidade cultural, cegueira cultural, precompetência cultural até à proficiência cultural) a valores bem estabelecidos nos cuidados de saúde. Os autores (Engebretson et al, 2008) situam a competência cultural e a proficiência em alinhamento com o cuidado centrado no paciente num modelo que integra o continuum de competência cultural com os componentes do cuidado baseado em evidência (ou seja, melhores práticas de pesquisa, experiência clínica e valores e circunstâncias do paciente) é apresentado.

De acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 65,6 milhões de pessoas foram deslocadas à força em todo o mundo (2018)

Vários fatores têm uma grande influência na saúde dos requerentes de asilo; portanto, seu perfil de saúde é marcadamente diferente daquele da população do país de asilo (Müller, et al 2018).

Segundo Muller et al (2018), os principais fatores de impacto na saúde dos refugiados estão ligados às experiências e exposição

  1. no país de origem,
  2. em campos de refugiados e a caminho da Europa e
  3. no processo de imigração para o país de acolhimento e na vida em centros de asilo europeus.

A saúde dos refugiados também é afetada por problemas psicológicos e por doenças infecciosas. Além disso, doenças crónicas que resultam em polimorbidade, cancro e doenças neurológicas são fáceis de ignorar e exigem atenção especial.

As lesões/doenças neurológicas podem ser traumáticas (por exemplo, lesões na medula espinhal), pós-traumáticas (por exemplo, síndromes de dor crónica), resultado de infecções cerebrais ou consequências da fome (por exemplo, epilepsia, ataxia e parestesia). 

Os principais desafios para os profissionais segundo Muller et al (2018) são a falta de consciencialização sobre os problemas específicos de saúde destes refugiados, problemas de linguagem e comunicação intercultural, bem como o acesso e a integração no sistema de saúde.

Num estudo transversal feito entre 360 refugiados adultos falantes de árabe, dari, somali ou inglês sobre as experiências de refugiados com o exame de saúde para requerentes de asilo (Wångdahl et al, 2015), a  literacia em saúde foi medida usando a Escala Sueca de Literacia em Saúde Funcional e o Questionário Europeu de Literacia em Saúde curto e as experiências de comunicação e a utilidade do exame de saúde foram medidas em várias questões. Entre os resultados, observou-se que no exame de saúde para requerentes de asilo, 36% tiveram uma comunicação de baixa qualidade, 55% receberam pouca informação sobre cuidados de saúde e 41% receberam poucos conhecimentos novos e/ou ajuda 26%. Ter literacia em saúde abrangente inadequada em comparação com suficiente foi associada à experiência de uma qualidade de comunicação mais pobre e à experiência de receber informações pouco valiosas sobre cuidados de saúde. Além disso, os autores (Wångdahl et al, 2015) confirmam que ter literacia em saúde abrangente inadequada em comparação com suficiente foi associado à experiência de não receber novos conhecimentos ou de receber ajuda com problemas de saúde

O estudo de Wångdahl et al, (2015) afirma que as experiências dos refugiados indicam que um baixo nível de literacia em saúde abrangente pode atuar como uma barreira para o cumprimento dos propósitos do exame de saúde para requerentes de asilo. A literacia em saúde abrangente parece ser de maior importância nesse contexto  e mais do que aliteracia  funcional em saúde.

Acreditamos assim na Sociedade Portuguesa de Literacia em saúde, e face ás evidências, que o conhecimento dessas condições é obrigatório para garantir a boa prática clínica para essa população de pacientes, que tem uma enorme carga em doenças crônicas, infeciosas, mentais e neurológicas (Muller et al, 2018).

Áreas de intervenção e rastreio

O projeto, nesta perspetiva de evidência cientifica da literatura e das práticas correntes nas organizações e relatadas por profissionais das várias áreas da saúde, levou-nos a conceber um programa especifico que incide sobre esta população muito vulnerável – migrantes e refugiados – e realiza uma avaliação abrangente em múltiplas dimensões da saúde, incluindo:

Áreas de intervenção

Área de Intervenção Atividades / Ações Responsável
Rastreios Hipertensão arterial, Diabetes, Dislipidemia
Cuidados de Saúde Básicos Amamentação, Prevenção de quedas, Navegabilidade no sistema de saúde
Saúde Mental Rastreio e aconselhamento psicológico, com abordagem psicológica e emocional
Saúde Nutricional Avaliação de insegurança alimentar e acesso a alimentos saudáveis
Saúde Oral Deteção de dor dentária, Inspeção visual da cavidade oral, Recomendações de higiene oral
Saúde Sexual e Saúde da Mulher Prevenção de incontinência, Pós-parto, Menstruação, Menopausa, Outros temas relevantes para a saúde feminina
Doenças Infeciosas Orientação e rastreio relacionados com a tuberculose, infeções sexualmente transmissíveis, HIV, Sida e outras

Equipa multidisciplinar

O ACOLHER conta com uma equipa altamente qualificada e multidisciplinar. Estes especialistas têm amplo conhecimento das suas áreas e estão habituados a lidar e a intervir junto de populações muito vulneráveis e em risco.

O programa é coordenado pela Prof.ª Doutora Cristina Vaz de Almeida, presidente da SPLS, e que integra:

  • Alexandre Kpatue – Consultor, Fórum Refúgio
  • Prof. Doutor Miguel Arriaga – Consultor
  • Dra. Ana Justo — DGS
  • Mestre Ana Veiga — Enfermeira
  • Dra. Anastasiia Zapotichna — Médica
  • Enf. Catarina Esteves Santos — Enfermeira HIV SIDA
  • Dra. Coralie Alves — Médica
  • Mestre Eliana Rocha — Enfermeira
  • Dr. Filipe Serralva – Médico
  • Mestre Hélder Carreira — Enfermeiro
  • Prof. Hélio Bragança da Silva — Fisioterapeuta
  • Dra. Laetitia — GAT
  • Mestre Mariana Fonseca – Fisioterapeuta
  • Dra. Mariia Melnikova — Médica
  • Ridhi Maugi — Dançarina hindu
  • Mestre Noelia Delicado — Enfermeira
  • Prital Ashvin — Dançarina hindu
  • Mestre Sandra Laia Esteves — Enfermeira
  • Dra. Sandra Lucia Rodriguez — Médica dentista
  • Dra. Sandra Santos — Técnica Superior de Educação Especial e reabilitação
  • Dra. Sara Sousa Freitas — Médica
  • Prof. Teresa Kraus — Instituto Politécnico de Leiria
  • Dr. Tiago Cardoso — Jurista doutorando em relações internacionais na área do asilo e migrações
  • Dra. Vânia Costa — Nutricionista
  • Dra. Vitalina Silva — Presidente da APJAS
  • Dr. Willian Gomes — Sociólogo e responsável pela área da Migração no GAT

 

Calendário e locais

  • Período: setembro a dezembro de 2025
  • Locais de Intervenção: Alentejo, Algarve, Almada, Braga, Castelo Branco, Golegã, Leiria, Lisboa, Penafiel e Viana do Castelo.
  • Duração das Ações: entre 1 a 3 horas, conforme o número de beneficiários

Declarações dos especialistas

Coordenadora

Cristina Vaz de Almeida, Presidente da SPLS

“O Projeto ACOLHER integra avaliação clínica e promoção de competências em saúde, articulando rastreios com a educação para a saúde e a compreensão do sistema. O objetivo não é apenas tratar, mas também capacitar as pessoas para cuidarem de si mesmas, com respeito pela diversidade cultural e pelas histórias de vida.”


Consultores

Alexandre Kpatue, Consultor, Fórum Refúgio

O Projeto ACOLHER promovido pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde – SPLS e em que participa o Fórum Refúgio Portugal, é essencial para promover o bem-estar, a saúde, a empatia e dignidade entre os profissionais de saúde e a comunidade de migrantes e refugiados. Ao oferecer apoio, orientação e um espaço seguro, fortalece a autoestima, o bem-estar emocional e a inclusão social. O projeto combate barreiras como dificuldades linguísticas, baixa literacia em saúde e acesso limitado a serviços, desafios que afetam grande parte da população migrante em Portugal. Com práticas acolhedoras e ações colaborativas, o projeto ACOLHER facilita o acesso à informação, cuidados de saúde e prevenção, contribuindo para uma sociedade mais solidária, saudável e humana. Investir no ACOLHER é investir no bem-estar psicossocial das pessoas vulneráveis, e na construção de sociedades inclusivas e compassivas.

 

Prof. Doutor Miguel Arriaga, Diretor da Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde| Director of the Directorate of Disease Prevention and Health Promotion

“O apoio às populações no âmbito da saúde mental e o fortalecimento da comunicação intercultural é muito importante para garantir uma resposta eficaz às necessidades emergentes, promovendo o bem-estar e a integração”.


Restante equipa

Mestre Eliana Rocha, enfermeira

É um enorme prazer integrar o projeto Acolher… um projeto de pessoas para pessoas, dedicado à Literacia em saúde. Espero que o meu contributo seja favorável a uma vivência das competências parentais mais saudável e com mais conhecimento e informação por parte das famílias migrantes mais vulneráveis, no que respeita aos cuidados de saúde na primeira infância. Viver com mais saúde e em segurança a parentalidade é o meu grande objetivo neste projeto. Que possamos Acolher com humanidade e generosidade todas as pessoas nas nossas comunidades.

Mestre Hélder Carreira – Enfermeiro

O projeto ACOLHER materializa uma resposta humanística urg‌ente‌ às fraturas sociais contemporâneas, constituindo-se como ponte terapê‌utic‌a entr‍e populações re‌fugiadas, migrantes e a sociedade acolhedora. Esta iniciativa da SPLS transcende a mera assistência em saúde: configura um paradigma de cu‍idado i‍ntegr‌al que articula saúde física, mental e nutricional com dignidade cultural. A equipa multidisciplinar opera segundo princípios de l‌iteracia participativa, reconhecendo que a vulnerabilidade não define identid‌ades mas cir‌cu‍nstâ‍ncias transformáveis.

O impacto social manifes‌ta-se na democratização do acesso ao‍s cuid‍ados essenciais, desde o rastreio de doenças crónica‍s a‌té ao acompanhamento ps‌i‌cológ‌ico, criando redes de‍ confiança que restituem pr‍otagonis‍mo às comunidades beneficiárias. Ao pr‍omover encontro‍s interculturais m‍ediados pela solid‌ariedade, o ACOLHER se‌m‌eia uma cidadania c‌osmopolita baseada no reconhecimento mútuo, contribuindo decisiv‌amente para‌ sociedades mais in‍cl‌usivas e coesas.

 

Mestre Sandra Laia Esteves – Enfermeira

Ao integrar a equipa do Projeto ACOLHER, centro a minha intervenção na capacitação de cidadãos migrantes e refugiados para acederem e utilizarem de forma adequada os recursos do Serviço Nacional de Saúde em situações de urgência ou emergência, bem como na transmissão de conhecimentos sobre primeiros socorros perante acidentes domésticos e prevenção de quedas. Este contributo, inserido numa iniciativa que promove cuidados inclusivos e humanizados, visa reforçar a autonomia, a segurança e a integração destes cidadãos, assegurando o exercício pleno dos seus direitos no acesso à saúde

 

Mestre Ana Veiga, enfermeira

O acompanhamento das populações vulneráveis faz parte da missão da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. Tem sido muito enriquecedor tods as nossas intervenções em prol das pessoas mais vulneráveis.

 

Mestre Mariana Fonseca, fisioterapeuta

A participação como fisioterapeuta no Projeto ACOLHER preenche uma lacuna importante na área da saúde física, ao reforçar a abordagem holística e humana que a iniciativa se propõe ter.
A fisioterapia é uma área chave para garantir que essas populações vulneráveis tenham acesso a cuidados completos e de qualidade.
É com enorme privilégio que faço parte desta equipa multidisciplinar, a fim de cumprir os objetivos propostos.

Prof. Hélio Bragança da Silva, fisioterapeuta

A minha participação neste projeto representa uma oportunidade fundamental para contribuir de forma ativa para a promoção da saúde da população migrante, um grupo frequentemente exposto a barreiras no acesso aos cuidados e a múltiplos determinantes sociais adversos. 

Com a minha experiência em reabilitação cardiovascular e o compromisso com abordagens integradas e inclusivas, pretendo colaborar na implementação de rastreios abrangentes que permitam identificar precocemente doenças crónicas, problemas de saúde mental, necessidades de saúde oral e vulnerabilidades sociais. 

Este envolvimento é, para mim, não apenas uma responsabilidade profissional, mas também um compromisso ético e humano, no sentido de reduzir iniquidades e fortalecer a integração e a qualidade de vida destas comunidades.

Dr. Filipe Serralva, médico

É na missão aos outros que me revejo e na capacidade de dádiva que cada um de nós tem dentro de si. Este programa faz jus ao nome e aos valores da SPLS e da ANESC. É com grande satisfação que integro op programa ACOLHER.

 

Dra. Vânia Costa, nutricionista

O Programa Acolher tem uma dimensãop transversal que nos permite intervir em várias areas. A aleimentação e sem duvida uma das áreas de grande impacto na vioda destas pessoas. Sinto-me muito satisfeita por esta particpação no Programa ACOLHER da SPLS.

 

Enf. Catarina Esteves Santos, enfermeira HIV SIDA

É com imenso orgulho que integro a equipa do Projeto ACOLHER da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde a convite da estimada professora Cristina Vaz de Almeida.

Este projeto, vai decorrer entre setembro e dezembro de 2025 e leva intervenções de saúde e rastreios comunitários a refugiados e migrantes em várias regiões do país — de Lisboa ao Algarve, do Alentejo a Penafiel, passando por Leiria, Castelo Branco e Golegã.

O que mais me entusiasma é a forte aposta na educação para a saúde com um painel de peritos com objectivos comuns de:
• Capacitar as pessoas para reconhecerem sinais de risco e procurarem ajuda atempadamente;
• Promover hábitos de vida saudáveis e sustentáveis, respeitando sempre a diversidade cultural;
• Reforçar a literacia em saúde como ferramenta de inclusão, autonomia e dignidade.

A saúde não se limita ao diagnóstico ou ao tratamento — ela começa pelo conhecimento, pelo empoderamento individual e pela capacidade de cada pessoa tomar decisões informadas sobre o seu bem-estar.

Integrar esta equipa multidisciplinar é uma honra enorme.
Tenho a oportunidade de contribuir para um projeto que alia cuidados de saúde à educação transformadora, chegando a quem mais precisa, com humanidade e proximidade.

Dra. Mariia Melnikova, médica

Fico muito grata pelo convite e pela oportunidade de contribuir para uma causa tão importante!

A minha experiência com migrantes do leste europeu, que acompanho desde 2022, tem-me mostrado a importância de simplificar o acesso aos cuidados de saúde e de tornar o sistema compreensível para todos. Estou ansiosa por partilhar o meu conhecimento e trabalhar em equipa para fazer a diferença na vida destas pessoas.

Como médica, o meu objetivo é ser um ponto de apoio para a comunidade ucraniana e russófona, tanto na literacia em saúde como no apoio direto a utentes em situação irregular que precisam de ajuda.
Por favor, contem comigo para qualquer questão ou necessidade de apoio.

 

Dra. Sara Sousa Freitas, médica

O Projeto ACOLHER é muito mais do que uma intervenção dirigida a populações migrantes em situação de vulnerabilidade — é inclusão em ação. Através da literacia em saúde, devolvemos autonomia, criamos oportunidades de acesso justo a cuidados e construímos caminhos de verdadeira integração na comunidade.

Acredito que o nosso compromisso enquanto profissionais de saúde se cumpre quando reconhecemos a diversidade, porque a saúde só ganha sentido pleno quando é verdadeiramente inclusiva e responde de forma integrada às diferentes dimensões da vida: física, mental, social e educativa.

 

Dr. Tiago Cardoso — Jurista doutorando em relações internacionais na área do asilo e migrações

 

Dr. Willian Gomes — Sociólogo e responsável pela área da Migração no GAT

Capacitar as populações mais vulneráveis é essencial para garantir que os direitos se traduzam em acesso efetivo à saúde.

Participar neste projeto, voltado para a partilha entre pessoas e dedicado à literacia em saúde, é uma honra! O meu objetivo é promover a literacia em saúde entre adolescentes emigrantes, fornecendo conhecimentos essenciais sobre suporte básico de vida. Na missão de servir o próximo, encontro a minha verdadeira essência, reconhecendo a capacidade de contribuição que reside em cada um de nós. Espero que a minha contribuição beneficie os adolescentes que, ao mudarem de país, necessitam de informações cruciais sobre primeiros socorros. Promover uma vida mais saudável e segura é a minha principal meta neste contributo. É com grande entusiasmo e satisfação que me uno ao programa ACOLHER.”

Dra. Anastasiia Zapotichna — Médica

 

Acredito que, através do desporto náutico e do contacto com a natureza, posso ajudar cada pessoa a reencontrar o seu equilíbrio, a sua alegria e o sentimento de pertença que transforma o recomeço em esperança

Dra. Sandra Santos — Técnica Superior de Educação Especial e reabilitação

 

Olá, o meu nome é Ridhi Maugi, tenho 19 anos, gosto de me desafiar e aprender coisas novas. Danço músicas indianas desde os meus 3 anos de idade. Tenho uma grande paixão pela dança e inspiro-me nos ritmos tradicionais e culturais da região de Gujarat, na Índia. Crio as minhas próprias coreografias e sou a líder de um grupo chamado MahaLaxmi, criado pela minha avó.

Ridhi Maugi

 

Enquanto Médica de Medicina Geral e Familiar (ou Médica de Família) reconheço que a promoção da Literacia em Saúde é um dos pilares fundamentais para o bem-estar individual e coletivo, assim como para a Saúde Pública.

Assim, aceitei o convite para integrar o Projeto ACOLHER da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde porque acredito profundamente que as iniciativas de proximidade e de escuta ativa são instrumentos essenciais para a transformação social e para a obtenção de ganhos em saúde.

No exercício da minha prática clínica, observo como a comunicação clara, assertiva e positiva — em conformidade com o modelo ACP da SPLS — aliada a uma avaliação holística do utente, que valoriza o entendimento cultural e as vivências pessoais, são determinantes para a promoção da saúde, o sucesso da adesão ao plano terapêutico e a prevenção das doenças e das suas sequelas.

Este tipo de projeto assume uma importância particular porque aproxima o conhecimento em saúde às pessoas, ao mesmo tempo que possibilita informar sobre o acesso aos serviços do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

Além disso, permite a realização de diagnósticos precoces e rastreios de doenças, fundamentais para identificar as necessidades específicas da população migrante, especialmente daqueles em situações de maior vulnerabilidade.

Através de iniciativas participativas e inclusivas, é possível reduzir desigualdades, estimular a autonomia e empoderamento dos cidadãos nas suas decisões relacionadas com a saúde e alcançar ganhos efetivos em saúde a nível global.

Participar neste projeto representa também, para mim, uma experiência pessoal enriquecedora, que reforça o meu compromisso com uma medicina humana, próxima e transformadora.

“Ser Médico é exercer o cuidado como ato de amor e conhecimento — é transformar vidas, incluindo a nossa, em cada encontro.” (Autoria: Albert Schweitzer).

Dra. Coralie Alves — Médica

 

Integro o Projeto ACOLHER, promovido pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), com enorme gosto e sentido de propósito. Acredito profundamente na importância de acolher, compreender e valorizar a diferença cultural, reconhecendo que a diversidade é uma riqueza que fortalece a nossa sociedade. Este projeto representa, para mim, uma oportunidade de contribuir ativamente para a promoção do acesso equitativo aos cuidados e para o empoderamento das pessoas refugiadas e migrantes, através da partilha de informação acessível, do desenvolvimento de competências e da criação de espaços seguros de diálogo e confiança.
Envolvo-me nesta iniciativa com o compromisso de promover uma intervenção humanizada, inclusiva e culturalmente sensível, centrada na dignidade e nos direitos de cada pessoa. Através da colaboração com equipas multidisciplinares e comunidades diversas, procuro não só reforçar o meu papel enquanto profissional de saúde comprometida com a justiça social, mas também crescer como pessoa, aprendendo com as histórias, as culturas e as vivências daqueles que acolhemos.
Participar no Projeto ACOLHER é, para mim, uma forma de agir com empatia e responsabilidade, contribuindo para uma sociedade mais informada, solidária e saudável, onde todos tenham voz e acesso a cuidados de saúde justos e compreensíveis.

Dra. Ana Justo — DGS

 

Enquanto enfermeira, tenho experiência em saúde comunitária em Genebra, onde o acesso  à saúde para pessoas vulnerabilizadas constitui um grande desafio, especialmente num  sistema de saúde privado e dispendioso. Trabalho há vários anos no terreno, junto de pessoas  migrantes em situação irregular, pessoas sem abrigo, requerentes de asilo e refugiadas, bem  como com grupos em risco de infeções sexualmente transmissíveis (IST). Acredito que a  abordagem comunitária tem um papel essencial na promoção da saúde, na prevenção e no  desenvolvimento de competências em saúde (literacia em saúde), fortalecendo o empoderamento das pessoas e promovendo a equidade, a dignidade e os direitos humanos. Associar-me a projetos como o ACOLHER é uma oportunidade de partilhar experiências,  fortalecer redes e desenvolver estratégias inclusivas de capacitação. Considero fundamental criar pontes entre a prática, a formação e a investigação, para  promover respostas mais humanas, equitativas e eficazes às necessidades das pessoas  migrantes e em situação de vulnerabilidade.

Mestre Noelia Delicado — Enfermeira


SPLS agradece ajuda solidária da Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa ao programa ACOLHER

A Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa, uma instituição com mais de 700 anos em Portugal, contribuiu de forma generosa com donativo para a organização do Programa ACOLHER.

“A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) reconhece, com grande admiração, este gesto solidário e altruísta. Agradecemos à Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa e, em particular ao seu presidente, Dr Markus Kemper, por acreditar neste projeto e por ajudar a concretizar o PROGRAMA ACOLHER, direcionado a populações muito vulneráveis como refugiados e migrantes”, sublinha a Professora Doutora Cristina Vaz de Almeida, Presidente da SPLS.


 

SPLS agradece ajuda do Saúde SUL ao programa ACOLHER

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, através da sua Presidente, Professora Doutora Cristina Vaz de Almeida, agradece o apoio relevante da Saúde Sul para a execução do programa ACOLHER.

“A Saúde Sul tem sido um parceiro fundamental para a SPLS em todos os momentos e projetos. Graças à sua ajuda, conseguimos tornar as nossas ações mais eficazes e chegar a mais pessoas. Muito obrigado à Dra. Joana Paula pelo compromisso e pelo sentimento de missão”.


ACOLHER chega ao Algarve com a EOLIS: Paddle para bem-estar de migrantes e refugiados

Responsável: Dra. Sandra Santos

Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) lança parceria com a EOLIS, da Dra. Sandra Santos, para promover saúde e integração através do contacto com o mar.

A SPLS está a expandir o programa ACOLHER ao Algarve através de uma nova iniciativa com a EOLIS, fundada pela Dra. Sandra Santos, dedicada às atividades marítimas de paddle. O projeto foi desenhado a pensar em populações mais vulneráveis, em particular migrantes e refugiados, oferecendo sessões no meio aquático que reforçam o bem-estar físico e psicológico e facilitam a integração comunitária.


Comunicação Intercultural para Populações Migrantes sobre tuberculose

Responsável: Mestre Hélder Carreira

 

A proposta articula-se através de uma abordagem multidimensional que abraça desde o rastreio de doenças crónicas até ao acompanhamento psicológico, reconhecendo que a vulnerabilidade em saúde se entrelaça indissociavelmente com precariedade social, fragmentação identitária e exclusão linguística.

Esta iniciativa representa uma metamorfose conceptual na literacia em saúde: abandona modelos hierárquicos de transmissão unidirecional, privilegiando encontros dialógicos onde conhecimento técnico e experiência vivida se fecundam mutuamente, gerando cuidados verdadeiramente humanizados e culturalmente competentes.

 

FOCO NA TUBERCULOSE

A tuberculose configura-se como narrativa clínica que transcende fronteiras linguísticas, exigindo uma pedagogia da simplicidade compassiva. Esta reformulação abandona o jargão técnico sem comprometer o rigor científico, reconhecendo que a vulnerabilidade idiomática não diminui a capacidade cognitiva. O desafio reside em traduzir conhecimento complexo numa linguagem universal do cuidado, onde gestos, imagens e palavras essenciais convergem para construir pontes terapêuticas.

Objetivos

  • Reconhecer a tuberculose como doença curável através de símbolos visuais
  • Identificar sinais corporais que requerem cuidados de saúde
  • Aplicar medidas preventivas básicas no quotidiano familiar
  • Confiar nos serviços de saúde como espaços acolhedores

 


SPLS promove sessão dedicada à saúde e integração de imigrantes em Ponte de Lima — 28 de novembro de 2025

Responsável: Dra. Coralie Alves

No âmbito do Programa ACOLHER, a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) vai dinamizar, no dia 28 de novembro de 2025, uma sessão da iniciativa “Conversas Inclusivas”, dirigida a imigrantes e suas famílias. O encontro decorrerá entre as 14h30 e as 16h00, na Junta de Freguesia de Arca e Ponte de Lima, sendo de inscrição obrigatória.

Com o objetivo de promover uma integração saudável e informada, esta sessão abordará três áreas essenciais para o bem-estar e a vida em comunidade:

  • Estilos de vida saudáveis
  • Rastreios de saúde
  • Empregabilidade

A sessão contará com a presença das oradoras:

  • Dr.ª Coralie Alves, Médica de Família
  • Dr.ª Dália Lima, Especialista em Diversidade e Inclusão

Através de uma abordagem prática e acolhedora, esta iniciativa pretende aproximar serviços, esclarecer dúvidas e reforçar competências em saúde e cidadania, promovendo a confiança, autonomia e participação ativa na vida comunitária.


Consulta coletiva a mulheres com cancro da mama — 14 de novembro

Responsável: Dr. Vasco Fonseca


Sessão de literacia em saúde na Escola Técnica Empresarial do Oeste — 14 de novembro de 2025

No dia 14 de novembro, pelas 11h00, a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde realiza uma sessão integrada no programa ACOLHER, dedicada à promoção da literacia em saúde junto de jovens estudantes da Escola Técnica Empresarial do Oeste.

A iniciativa centra-se no tema da Diabetes, uma condição de elevada prevalência em Portugal e no mundo, e teve como objetivo reforçar o conhecimento dos jovens sobre prevenção, sinais de alerta e hábitos de vida saudáveis.

A sessão conta com a intervenção da Presidente da SPLS, Professora Doutora Cristina Vaz de Almeida, e da Mestre Ana Veiga, que dinamizarão uma conversa participativa, estimulando o esclarecimento de dúvidas e a reflexão sobre escolhas no quotidiano que influenciam diretamente a saúde. A atividade é desenvolvida em articulação com a coordenação da escola, através da Enf.ª Fátima Maurício, a quem agradecemos a colaboração e acolhimento.

Este momento representa mais um passo no compromisso do programa ACOLHER em aproximar a literacia em saúde das comunidades, promovendo o conhecimento como ferramenta essencial para decisões informadas e para a melhoria da qualidade de vida.


ACOLHER: programa de capacitação da SPLS junta especialistas para fortalecer respostas em migrações

A SPLS dinamizou mais uma sessão do ACOLHER, reunindo especialistas e parceiros académicos para reforçar competências na abordagem à multiculturalidade e às populações em situação de vulnerabilidade.

Ao longo do encontro, o Dr. Tiago F. Cardoso partilhou orientações práticas para uma intervenção mais informada e humanizada junto de pessoas migrantes, sublinhando a importância de competências culturais, comunicação sensível e articulação interinstitucional.

A iniciativa contou com a parceria do Politécnico de Leiria e do Mestrado em Enfermagem, coordenado pela Prof. Teresa Kraus, evidenciando a ligação entre prática e academia na construção de respostas integradas e baseadas em evidência.

Estiveram também presentes o Mestre Hélder Carreira, vice-presidente da Comissão de Ética da SPLS, que destacou princípios de equidade e confidencialidade na intervenção, e a Prof. Doutora Cristina Vaz de Almeida, Presidente da SPLS, reforçando o compromisso da Sociedade com a formação contínua e a cooperação com entidades parceiras.

A participação enquanto orador na aula aberta sobre desenvolvimento de competências para refugiados, migrantes e profissionais de enfermagem especializada em saúde familiar e saúde pública permitiu uma reflexão sobre as dimensões éticas e práticas dos cuidados de saúde em contextos de multiculturalidade.

Esta iniciativa da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde em articulação com a Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria materializa a necessidade urgente de desenvolver competências transculturais que transcendam a mera aplicação técnica de protocolos clínicos, abraçando a complexidade humana que habita cada encontro terapêutico.

Tendo como base o Programa ACOLHER da SPLS, durante a apresentação, foram ilustrados exemplos práticos sobre a abordagem cultural em situações clínicas complexas, nomeadamente casos de tuberculose e alcoolismo em contextos migratórios, demonstrando como as barreiras culturais podem comprometer a eficácia terapêutica.

Elencaram-se estratégias específicas para comunicação intercultural, trabalho com intérpretes, avaliação cultural e adaptação de intervenções ao contexto de vida das pessoas, evidenciando que a competência técnica sem sensibilidade cultural resulta em cuidados fragmentados e ineficazes.

Numa sociedade que aspira à verdadeira inclusão, a formação de profissionais de enfermagem especializados exige o cultivo de uma consciência cultural profunda. Os cuidados prestados a refugiados e migrantes revelam a insuficiência de abordagens universalistas que ignoram as particularidades experienciais destas populações vulneráveis.

A competência intercultural emerge como imperativo ético, reconhecendo que cada pessoa transporta consigo um universo de significados sobre saúde, doença e cura que não podem ser negligenciados.

As intervenções impactantes e robustas de conhecimento da Professora Cristina Vaz de Almeida, Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde – SPLS, da Professora Teresa Kraus, do Dr. Tiago Cardoso e do Professor Tiago Andrade, construíram alicerces para uma ponte social de desenvolvimento ético dos cuidados.

Esta convergência de saberes ilustra a aproximação necessária entre academia e contexto prático, manifestando uma preocupação pelos valores humanos fundamentais que transcende o mero exercício académico.

Agradeço profundamente a oportunidade de participar nesta iniciativa que honra os valores de uma academia comprometida com a excelência ética e humana.

Enf. Hélder Carreira


Programa ACOLHER com Egas Moniz School of Health & Science e a Câmara Municipal de Almada — 25 de outubro de 2025

Responsável: Fisioterapeuta Hélio Bragança da Silva

A Egas Moniz School of Health & Science e a Câmara Municipal de Almada, com a parceria da AD SUMUS – Associação de Imigrantes de Almada, aliaram-se à Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) e participaram na realização de uma ação do Programa ACOLHER, coordenada pelo Fisioterapeuta Hélio Bragança da Silva Professor na Egas Moniz School of Health & Science e Sócio da SPLS.

Esta ação, realizada no dia 25 de outubro de 2025, permitiu obter resultados a diferentes níveis, nomeadamente:

  • Deteção precoce de problemas de saúde prioritários;
  • Aumento da literacia em saúde;
  • Promoção de maior autocuidado e adesão a hábitos saudáveis;
  • Identificação de necessidades específicas de saúde da população em situação de vulnerabilidade;
  • Redução de riscos associados ao diagnóstico tardio de doenças crónicas ou condições agudas;
  • Promoção de inclusão social e bem-estar global;
  • Criação de dados epidemiológicos relevantes sobre o estado de saúde desta população, apoiando políticas de saúde pública;
  • Melhoria da articulação entre instituições de saúde, parceiros sociais e organizações comunitárias;
  • Desenvolvimento de práticas de rastreio culturalmente sensíveis e replicáveis em contextos semelhantes.


Encontro na Associação Mundo Feliz — 21 de outubro de 2025

No dia 21 de outubro de 2025, na Associação Mundo Feliz, realizámos uma sessão do Programa Acolher dedicada a mulheres com cancro, com a participação de Georgina, Luiza e Rosa e a presença da presidente, Cecília Minas Curta. Foi um momento de partilha autêntica sobre temas essenciais: superar a vergonha para dialogar com os profissionais de saúde, acesso a suporte emocional, vivência da espiritualidade, procura de fontes credíveis de informação e a importância de dar voz à pessoa doente.

Saímos com aprendizagens valiosas. Obrigada, em nome da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), a todas as participantes pela coragem e generosidade.


Alimentação Divertida — 16 de novembro de 2025

No dia 16 de outubro de 2025, a Escola Alto do Moinho, em Vale de Milhaços, realizou um dia dedicado à promoção da saúde, envolvendo alunos, profissionais e comunidade educativa.

Durante a manhã, teve lugar a iniciativa “Saúde Mental e Física. Proteger a Vida”, que contou com a presença da Direção da Escola, da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde e da ANESC. As crianças apresentaram um momento de Dança Hindu, seguido de uma sessão prática de Suporte Básico de Vida, dinamizada pelo Dr. Filipe Serralva e pelo Enf. Jorge Brandão. No final, foram entregues certificados aos participantes.

A tarde foi dedicada à Alimentação Divertida, com a participação da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Dr.ª Liliana Sousa, da Professora Doutora Cristina Vaz de Almeida, Presidente da SPLS, da Dr.ª Vania Costa, Vice-Presidente da SPLS, bem como de representantes da escola, da associação de pais e da ANESC. As crianças prepararam pratos criativos com frutas e legumes, explorando sabores e cores, e apresentaram os resultados, partilhando o que aprenderam. O dia terminou com a entrega de certificados.

A iniciativa reforçou a importância de envolver as crianças em práticas de saúde positiva, através da experiência, criatividade e participação ativa no seu próprio bem-estar.


PROGRAMA ACOLHER leva Suporte Básico de Vida e dança hindu à Escola Básica do Alto do Moinho — 16 de outubro de 2025

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde realizou. a 16 de outubro, mais uma sessão do PROGRAMA ACOLHER na Escola Básica do Alto do Moinho, em Corroios, juntando ciência, arte e cidadania para promover a saúde desde a infância.

Ao longo da manhã, cerca de 200 crianças, com idades entre 5 e 7 anos, participaram numa demonstração prática de Suporte Básico de Vida (SBV) orientada pelo Dr. Filipe Serralva e pelo enfermeiro Jorge Brandão, com o apoio da Dra. Anastasiia Zapotichna. A componente cultural ficou a cargo de Ridhi Maugi, que apresentou e dinamizou uma dança hindu, promovendo expressão corporal, coordenação motora e bem-estar.

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde agradece às Diretoras da Escola Básica do Alto do Moinho, que acolheram a atividade de braços abertos, permitindo que a escola se tornasse um espaço de aprendizagem prática, inclusiva e divertida.


Programa ACOLHER destaca comunicação empática em VIH no Fórum Europeu de Enfermeiros e Farmacêuticos — 15 de outubro de 2025

Responsável: Enf. Catarina Esteves Santos

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) anuncia a participação da Enf. Catarina Esteves Santos numa sessão dirigida a profissionais de saúde sobre “HIV Care and Empathic Communication”, integrada numa das vertentes do Programa ACOLHER: a promoção de práticas multiculturais e equitativas junto de públicos vulneráveis, com foco em refugiados e migrantes adultos.

A sessão, inserida no 8th Nurses & Pharmacists HIV Clinical Forum 2025, explorou o papel decisivo das equipas multidisciplinares — enfermeiros, médicos, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais — na prestação de cuidados de VIH baseados na empatia, na comunicação eficaz e na literacia em saúde.

“Nesta sessão, vou refletir sobre como a empatia, a comunicação e o trabalho em equipa multidisciplinar influenciam a qualidade dos cuidados em VIH — e como estes princípios se estendem a outras áreas da saúde comunitária, nomeadamente através do Programa ACOLHER, promovido pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) dirigido a enfermeiros e farmacêuticos de toda a e Europa, em que a partilha de experiência e boas práticas é o pilar para ganhos em saúde e promover a equidade”.


PROGRAMA ACOLHER intervém na Associação Mundo Feliz — 14 de outubro de 2025

Responsável: Mestre Ana Veiga

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde realizou, no dia 14 de outubro de 2025, uma ação do PROGRAMA ACOLHER na Associação Mundo Feliz, presidida por Cecilia Minas Curto. A intervenção foi coordenada no terreno pela Mestre Ana Veiga, Coordenadora Nacional dos Rastreios da SPLS, e centrou-se na promoção da literacia em saúde e na identificação precoce de necessidades em refugiados e migrantes adultos em situação de particular vulnerabilidade.

O que aconteceu

  • Rastreios comunitários em áreas prioritárias (tensão arterial, glicemia capilar, saúde cardiorrespiratória e bem-estar psicológico).

  • Aconselhamento breve e educação para a saúde, com foco no autocuidado e no acesso a cuidados formais.

  • Encaminhamentos para serviços de saúde e apoio social quando identificadas necessidades específicas.


PROGRAMA ACOLHER leva Suporte Básico de Vida a 25 adolescentes na Escola Pedro Santarém — 11 de outubro de 2025

Responsável: Dra. Anastasiia Zapotichna

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde realizou no passado sábado, 11 de outubro, mais uma sessão do PROGRAMA ACOLHER na Escola Pedro Santarém, dirigida a um grupo de 25 adolescentes, com idades entre os 13 e os 16 anos. A sessão foi conduzida pela médica Dra. Anastasiia Zapotichna e centrou-se no Suporte Básico de Vida (SBV), com enfoque em competências práticas que podem fazer a diferença em situações de emergência.

Ao longo da atividade, os participantes treinaram passos essenciais do SBV — reconhecimento de uma paragem cardiorrespiratória, ativação dos serviços de emergência e execução de compressões torácicas eficazes —, reforçando a importância de agir com segurança e confiança até à chegada de ajuda diferenciada.

O programa foi muito bem acolhido pela comunidade escolar. No balanço final, os adolescentes atribuiram a pontuação máxima (5/5) à prestação da Dra. Anastasiia Zapotichna, destacando a clareza das explicações, a dinâmica das demonstrações e a utilidade imediata dos conteúdos.

Com iniciativas como esta, o PROGRAMA ACOLHER prossegue a sua missão de promover literacia em saúde e capacitar jovens para responderem a situações críticas com responsabilidade e espírito solidário.


Sessão destinada à população migrante russa e ucraniana — 22 de setembro de 2025

Responsável: Dra. Mariia Melnikova

Promover saúde é também falar a língua das pessoas.

Neste mês tive o privilégio de participar no Programa ACOLHER da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) com um webinar dedicado aos refugiados e migrantes do Leste Europeu, sobre o acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal.

Foram realizadas três sessões, com a participação de mais de 100 pessoas, na sua maioria mulheres entre os 30 e os 45 anos, provenientes sobretudo da Rússia e da Ucrânia.

Os resultados do questionário inicial mostraram que as principais dificuldades sentidas no acesso aos cuidados de saúde são:
Barreiras linguísticas,
Falta de informação sobre os serviços,
E longos tempos de espera.

Estes dados confirmam que a literacia em saúde multicultural e multilingue é essencial para garantir o acesso equitativo e o uso responsável dos serviços públicos.
Foi um enorme prazer contribuir para este projeto com uma sessão em russo e ucraniano, ajudando a tornar o SNS mais compreensível e próximo de quem chega a Portugal.


Intervenção na NIALP — 11 julho e 01 de agosto de 2025

Objetivo da Intervenção da SPLS

Capacitar cidadãos migrantes através de informação clara, acessivel e simples para acederem com confiança, segurança e autonomia aos recursos de saúde do SNS, promovendo a sua inclusão e literacia em saúde.

Ideias-Chave da Intervenção

  • Sensibilização para o acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), adaptada a cidadãos migrantes do sul asiático (Nepal e Bangladesh).
  • Dinâmicas participativas com base em casos práticos reais sobre: organização dos serviços de saúde em Portugal, a atuação em situação de urgência e emergência, agendamento de consultas, registo no SNS, direitos dos imigrantes e serviços de saúde disponíveis (em contexto de cuidados saúde primários e cuidados saúde hospitalares).
  • A sessão decorreu em ambiente acolhedor e acessível, com apoio linguístico e envolvimento de equipas multidisciplinares da SPLS e NIALP.

Benefícios da Intervenção na NIALP

  • Redução de desigualdades no acesso à saúde;
  • Melhoria da comunicação e confiança entre cidadãos migrantes e profissionais de saúde;
  • Promoção do autocuidado, da adesão e do uso adequado dos recursos e serviços de saúde do SNS;
  • Promover literacia em saúde em contextos multiculturais.


 


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Projeto nos média

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Testemunhos