Dr. Ricardo Mexia é o novo Membro Honorário da SPLS
O Dr. Ricardo Mexia, um importante nome da saúde pública em Portugal, é o novo Membro Honorário da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS). “Agradeço profundamente à Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde por esta distinção e confiança e fico muito honrado por aceitar este convite”, diz o médico.
“Tive oportunidade de colaborar com a SPLS em várias iniciativas e tenho sido testemunha da vitalidade desta recém criada associação, bem como deste sector dentro da Saúde Pública”, continua. “Contem comigo, dentro do que forem as minhas capacidades, para levar a Literacia em Saúde mais longe!”
Para a Presidente da SPLS, Professora Doutora Cristina Vaz de Almeida, “é uma enorme honra e privilégio ter aceite o convite de integrar como Membro Honorário a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. Temos feito um percurso que teve várias vezes o seu importante contributo, reforçando o posicionamento da SPLS a nível nacional e internacional. Continuaremos a promover a literacia em saúde em Portugal e nos países de língua portuguesa”.
Entrevista ao Dr. Ricardo Mexia
Quais são as razões por ter aceite este convite da SPLS para Membro Honorário?
Fiquei extremamente lisonjeado ao ser convidado para integrar, como membro honorário, a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. Este convite representa, para mim, um reconhecimento que muito valorizo do trabalho que tenho desenvolvido na área da saúde pública e reforça o compromisso que partilhamos em promover a literacia em saúde. Acredito que uma sociedade bem informada tem mais ferramentas para tomar decisões conscientes e responsáveis sobre a sua saúde, e isso é fundamental para a construção de um sistema de saúde mais eficiente e equitativo. Aceitar esta honra é, também, assumir a responsabilidade de continuar a trabalhar para que a saúde seja cada vez mais acessível e compreensível para todos. Acredito que, juntos, podemos contribuir para melhorar a forma como a população compreende e se relaciona com as questões de saúde, obtendo, assim, melhores resultados em saúde e um futuro mais sustentável.
O que poderemos fazer mais para melhorar o nível de literacia em saúde do cidadão?
Não querendo repetir o que sabem fazer bem melhor do que eu, e tentando dar uma nota inovadora e disruptiva, penso ser essencial investir em tecnologia e personalização. Criar plataformas digitais interativas, com Inteligência Artificial, que forneçam informações personalizadas e acessíveis a cada cidadão pode transformar a educação em saúde. Utilizar realidade aumentada para simular decisões de saúde, ou gamificação para envolver as pessoas em temas complexos, torna a aquisição de competências mais dinâmica e eficaz. Parcerias com influenciadores digitais, sendo eventualmente arriscado, também ampliariam o alcance e impacto da literacia em saúde.
Quem é o Dr. Ricardo Mexia?
Ricardo Mexia é Médico de Saúde Pública.
Trabalha principalmente na área das doenças transmissíveis e da vigilância epidemiológica, tendo estado envolvido na investigação e controlo de diversos surtos.
Responsável da vigilância epidemiológica de diversos eventos de massas (Jornada Mundial da Juventude, Festival BOOM, Centenário da Peregrinação a Fátima, Eurovision Song Contest, Carnaval de Torres Vedras, entre outros) com o desenvolvimento de diversas soluções tecnológicas.
Integra actualmente o Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, onde é formador de diversos cursos na área da epidemiologia, e colaborando com a cooperação no âmbito da CPLP (missões de capacitação local, e avaliação da capacidade instalada, entre outras).
É docente na Universidade Atlântica, desde 2023. É ainda Assistente Convidado no Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (desde 2014) e no Curso de Mestrado Integrado em Medicina e da Licenciatura em Ciências Biomédicas, Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas, Universidade do Algarve (desde 2015). É ainda docente convidado no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade de Lisboa (desde 2021). Tem ainda diversas actividades lectivas com outras instituições de Ensino Superior (Universidade Católica Portuguesa, ISCTE, Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Minho, entre outras).
Trabalha regularmente como consultor na área da Saúde Pública, tendo participado em diversas missões da OMS, nomeadamente JEE (Joint External Evaluation), acções de formação e integrando o Roster da OMS para Eventos de Massas.
Mais de 30 trabalhos publicados e apresentados em reuniões científicas nacionais e internacionais, nas áreas de Vigilância Epidemiológica, Emergência em Saúde Pública e Eventos de massas (mass gatherings).
É membro do Advisory Board do ECDC, do Civil Society Forum da HERA e do EU Health Task Force Advisory Group.
Participa regularmente como entrevistado em temas de saúde em diversos órgãos de comunicação (TV, rádio, online, imprensa escrita), tendo também colaboração regular em podcasts e webinars.
É licenciado em Medicina (2002) pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, concluiu o Mestrado em Saúde Pública (2013) na Escola Nacional de Saúde Pública e é graduado do EPIET-European Program for Intervention Epidemiology Training do ECDC, tendo estado no Folkehelseinstittutet (Noruega 2009/11). É também pós graduado em Gestão de Unidades de Saúde, na Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais, Universidade Católica Portuguesa (2008)
É Auditor de Defesa Nacional desde 2019.
Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar (desde 2021).
Presidente da Secção de Controlo de Doença Transmissível da Federação Europeia de Saúde Pública (desde 2021).
Presidente da Mesa de Assembleia Geral da ANMSP (desde 2022, tendo sido Presidente da Direcção da ANMSP de 2016 a 2022)
Pai de 3 rapazes enérgicos, viajante compulsivo e cidadão do mundo.