Dia Nacional Contra a Dor — 17 de outubro de 2025
Testemunhos dos sócios da SPLS.
Comemoração do Dia Nacional de Luta contra a Dor 2025
Mestre Maria Teresa Flor de Lima
Este Dia foi instituído em 1999 por despacho ministerial, o primeiro a nível mundial.
Posteriormente, muitas organizações internacionais decidiram propor datas comemorativas, no sentido de divulgar a problemática da dor crónica, apresentar estudos científicos e sensibilizar as sociedades para a “Dor Crónica como doença em si mesma”.
Este ano, após o mês de setembro, como Mês Internacional de Sensibilização para a Dor Crónica, celebrou-se o Dia das Cem Cidade contra a Dor, em 4 de outubro, em Ponta Delgada, em parceria com a ISAL Fondazione em Itália para divulgar o tratamento multidisciplinar da dor.
O Dia Europeu contra a Dor será comemorado em 16 de outubro, no Parlamento Europeu com o apoio da plataforma SIP (Societal Impact of Pain) e três Deputados Europeus. O tema deste ano refere-se ao apelo para a Prevenção da Dor Crónica, um dos aspetos que não está a ser aproveitado nas políticas de saúde nos vários países europeus. Neste contexto, apela-se à identificação e abordagem dos fatores de risco modificáveis, que aumentam a probabilidade de a dor aguda se tornar crónica e incapacitante.
Em Portugal, o Dia Nacional de Luta contra a Dor, em 17 de outubro, será aproveitado para a divulgação do impacto social da dor através de uma campanha pública em redes sociais e meios de comunicação social, além de duas conferências por um membro da SIP Portugal, destinadas a profissionais de saúde. Com esta campanha “Juntos pela Mudança! Unidos para dar voz a quem vive com dor crónica” pretende-se trazer a dor para o debate público, aproximando a ciência com o cidadão.
A dor crónica é definida como a dor com duração superior a três meses, sendo que, na Europa um em cada cinco adultos e, em Portugal, um em cada três sofrem as consequências resultantes da dor. Este impacto é profundo e multidimensional, limitando severamente a qualidade de vida, causando problemas de saúde mental e a maior causa de incapacidade. É de salientar o custo económico, até 4% do PIB, com perdas resultantes de despesas de saúde, baixas médicas de longa duração, reformas antecipadas e redução de produtividade.
Estes eventos são a base para o reconhecimento da necessidade de ser reforçada a Literacia em Saúde para a Dor, combatendo o fraco hábito da atividade físico, o sono não repousante, o stress, a depressão, o medo da dor, assim como a falta de apoio no local de trabalho e o acesso atempado a cuidados de saúde de qualidade e atempados. Fica um desafio para o Grupo de Dor da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, SPLS.
Mestre Maria Teresa Flor de Lima
Vice-Presidente da ADDCA
Membro do Comité Executivo da SIP PT
Membro do Grupo de Dor da SPLS
