Dia Mundial do Linfoma
Por José Mendes Nunes, sócio da SPLS
Em 2004 a Lymphoma Coalition organizou, pela primeira vez, o Dia Mundial do Linfoma cujas atividades rapidamente se estenderam a todo o mundo. A Limphoma Coalition é uma rede que congrega as associações de doentes com linfoma de 52 países, apoia profissionais de saúde, doentes e familiares procurando sensibilizá-los para esta doença, fornecendo informação sobre os sintomas, diagnóstico, tratamento e promoção de estilos de vida saudável.
O linfoma é um cancro grave do sangue que ocorre na sequência de uma mutação genética dos glóbulos brancos (os linfócitos) que determina um crescimento descontrolado no sistema linfático e invadem os nódulos linfáticos e baço. Os tipos mais frequentes são conhecidos por linfomas Hodgkin e não-Hodgkin sendo este o mais frequente: incidência de 2,9 por 100 000 homens e 1,5 por 100 000 mulheres.
Com a observância deste dia procura-se fomentar o interesse e o conhecimento do público desta doença para que a compreendam e respondam aos sintomas de modo a procurar o diagnóstico atempado, já que a precocidade deste é determinante para a cura e sobrevida. O sistema linfático faz parte do nosso sistema de defesa logo, o seu compromisso, vai-se manifestar e complicar com infeções graves.
Calcula-se que, globalmente, existam 1 milhão de pessoas com linfoma e diariamente são diagnosticadas 1000. A quimioterapia e a radioterapia são as formas de tratamento mais comuns, no entanto, a terapêutica depende do tipo de linfoma e do seu estadio.
O tema escolhido para este ano diz: Não podemos esperar para dar atenção aos nossos sentimentos (We Can’t Wait to Focus on Our Feelings). Com este tema pretende-se sublinhar a importância de tratar, para além do linfoma, as perturbações psicológicas e emocionais que se lhe associam nos doentes e nos seus familiares. Mais uma vez, mais importante que tratar a doença é tratar a pessoa que tem a doença.