Dia Internacional da Solidariedade Humana

Pelo Professor José Mendes Nunes, sócio da SPLS 

A 22 de dezembro de 2005, a Assembleia Geral das Nações Unidas, através da sua Resolução 60/209, declarou o dia 20 de dezembro de cada ano como o Dia Internacional da Solidariedade Humana. A escolha do dia 20 de dezembro celebra o dia do ano de 2002, em que pela Resolução 57/265 a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu o Fundo de Solidariedade Mundial que deu origem, em 2003, ao fundo fiduciário do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP, United Nations Development Programme), reconhecendo a solidariedade como um dos valores fundamentais e universais que devem estar subjacentes às relações entre os povos no século XXI. 

O conceito de solidariedade está na base da fundação das Nações Unidas e subentende a ideia de que os seus elementos estão unidos com o sentimento de pertença à mesma comunidade, se reconhecem interdependentes, sentem que o bem de um é o bem de todos e que cada um só pode estar bem se todos os outros também o estiverem. A esperança de alcançar a meta ambiciosa para 2030, que estava estabelecida antes do Covid, sofreu um rude golpe com a pandemia, durante a qual 71 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza extrema (vivem com menos de $1,90/dia). Estudos recentes preveem mais de um bilião de pessoas a viverem na pobreza extrema em 2030. No entanto, através de investimentos integrados, proteção social, digitalização e economia verde é ainda possível, até 2030, retirar da extrema pobreza 146 milhões e, até 2050, 205 milhões de pessoas. 

Neste sentido as Nações Unidas procuram promover a cultura da solidariedade e o espírito de partilha por estes serem fatores fundamentais para combater a pobreza. 

Este é um dia para celebrar a unidade na diversidade, lembrar a importância da solidariedade e incentivar todas as iniciativas que procuram reduzir a pobreza.