Conselheiro e membro efetivo da SPLS modera conversa sobre triunfos e barreiras na senda da alimentação saudável
O Dr. Rolando Andrade, psicoterapeuta e Conselheiro da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), moderou a conversa “triunfos e barreiras na senda da alimentação saudável”, no passado dia 3 de fevereiro, no Auditório do Edifício Atlas Aveiro.
Esta mesa redonda contou com os contributos de Paula Cristina Ravasco, médica e especialista em Nutrição Clínica e Oncologia, e João da Silva, jornalista.
A nutrição é importante no combate ao cancro? É fácil encontrar alimentos especialmente benéficos; mais adequados na prevenção e nos tratamentos? Ou há obstáculos, que doentes e familiares enfrentam e que é importante ultrapassar? Num momento especial de partilha, o evento deu voz aos doentes, aos sobreviventes da doença, e a todos os que querem saber mais.
Qual a importância destas sessões?
Estas sessões geram oportunidades únicas de juntar no mesmo local pessoas com doença oncológica, pessoas que já tiveram a doença ou pessoas que pretendem saber mais e esclarecer as suas dúvidas acerca deste têm. Nesse sentido são momentos de partilha de conhecimento, mas ao mesmo tempo, oportunidades para colocar em cima da mesa assuntos acerca dos quais normalmente não se fala no dia a dia.
As partilhas com os profissionais de saúde são essenciais, porque permitem quebrar obstáculos e eliminar as barreiras artificiais e institucionais da comunicação entre doentes e profissionais de saúde. Desta forma, o conhecimento científico transforma-se em património público e um veículo de Literacia em Saúde.
Como se sente como Conselheiro, a representar a SPLS?
O sentimento inicial foi de fascínio, perante o número de pessoas que decidiu dedicar uma tarde da sua vida para falar acerca de Cancro, um tema que normalmente não faz parte das conversas que se deseja ter.
Senti-me feliz por isso e pelo facto e poder ser promotor de Literacia em Saúde junto dessas pessoas, e perceber que que têm interesse, se informam, procurando fontes credíveis, buscando um nível de conhecimento acerca da doença Oncológica, que lhes permite serem agentes activos da sua própria Saúde.
Senti-me satisfeito pelo facto de alguns participantes conhecerem o trabalho da SPLS, o que significa que todo o trabalho que tem sido feito não foi em vão, e que aos poucos, a Literacia em Saúde é um assunto acerca do qual as pessoas demonstram interesse.
Foi gratificante constatar que se têm quebrado os mitos e os tabus em relação ao Cancro.