
Miniassembleias da Saúde
22 outubro de 2022 — Pessoas migrantes
Mais de 20 migrantes uniram-se em cinco grupos para apresentaram uma série de medidas para melhorar o sistema de saúde, com foco no acesso, comunicação e serviços digitais:
- Acesso universal e digital: Priorizam o acesso à saúde como fundamental para a felicidade. Propõem a criação de uma plataforma digital acessível a todos, com informações em várias línguas, evitando filas e proporcionando acesso imediato, até em casos de emergência.
- Plataforma de saúde mental para jovens: Reconhecem a necessidade de uma plataforma online para informações sobre saúde mental, que permita aos jovens entender sintomas, prevenção e medidas de apoio.
- Consultas especializadas: Defendem o acesso a consultas especializadas, especialmente para casos como epilepsia, que requerem tratamentos específicos.
- Melhor atendimento telefónico nos Centros de Saúde: Querem reduzir o tempo de espera e melhorar o atendimento telefónico nos centros de saúde.
- Comunicação médico-paciente: Enfatizam a importância de médicos se comunicarem de forma eficaz, explicando as doenças de maneira acessível e considerando a diversidade linguística.
- Linguagem corporal e confidencialidade: Querem uma linguagem corporal mais acolhedora por parte dos profissionais de saúde e pela garantia de confidencialidade, especialmente para jovens que podem ter preocupações sobre privacidade.
- Tradutores e acessibilidade linguística: Propõem mais tradutores para melhorar o acesso à saúde por pessoas que falam diferentes idiomas.
- Relação terapêutica e exames auxiliares de diagnóstico: Querem médicos que expliquem melhor a situação ao paciente e a realização de mais exames auxiliares de diagnóstico para obter informações mais completas sobre problemas de saúde.
- Acesso à saúde para imigrantes irregulares: Defendem o direito de imigrantes irregulares à assistência médica e a eliminação de obstáculos, como a necessidade de um cartão de utente.
- Recursos de saúde: Sugerem rastreios gratuitos em parceria com associações, informações simplificadas para facilitar a compreensão e maior compreensão digital nas unidades de urgência.
- Parcerias com clínicas e farmácias: Propõem acordos facilitadores entre associações e clínicas de saúde com taxa única de apoio social, além de descontos em medicamentos para migrantes com dificuldades financeiras.
- Cartão de utente provisório: Querem a implementação de cartões de utente provisórios para garantir acesso à assistência médica enquanto o processo de legalização é concluído.
- Linha telefônica de saúde para imigrantes: Propõem a criação de uma linha telefónica de saúde dedicada a imigrantes em situação irregular, oferecendo suporte e informações a qualquer hora do dia.
- Considerações culturais e alimentares: Destacam a importância de considerar as questões culturais e alimentares na prestação de cuidados de saúde.
- “Ouvidoria” de Saúde nas Autarquias: Propõem a criação de uma “ouvidoria” de saúde nas autarquias para atender às necessidades dos cidadãos.
Essas medidas refletem a preocupação dos jovens em tornar o sistema de saúde mais acessível, inclusivo e eficiente, atendendo às diversas necessidades da população, incluindo imigrantes e aqueles que enfrentam barreiras linguísticas e financeiras.
26 de novembro de 2022 – Pessoas com deficiência
Durante uma discussão sobre as necessidades das pessoas com deficiência, foram apresentados quatro grupos com as suas respectivas propostas:
- Transportes mais inclusivos: Preparação de motoristas e pessoal de transporte para lidar com pessoas com deficiência, incluindo características físicas e mentais.
- Maior acesso a materiais de saúde: Facilitar o acesso a produtos de apoio, como meias de compressão específicas.
- Equipas médicas mais comunicativas: Formação para profissionais de saúde a fim de melhorar a comunicação com pessoas com deficiência, priorizando a comunicação direta com o paciente.
- Recursos humanos especializados: Ter assistentes especializados para auxiliar no acesso a serviços de urgência, com suporte desde o check-in até à triagem e exames.
- Mais apoio humano: Disponibilizar assistência pessoal mais acessível e rápida, com melhor preparação dos técnicos.
- Manual com informações relevantes: Criar um manual de orientação abrangente para pessoas com deficiência, compilando informações sobre serviços, produtos de apoio e recursos disponíveis.
- Pulseiras de identificação: Propor a colocação de pulseiras eletrónicas com identificação para garantir a segurança das pessoas com deficiência.
- Formações sobre novas técnicas inclusivas: Promover informações acessíveis e inclusivas para pessoas com deficiência.
- Mais formação das equipas: Aumentar a disponibilidade e eficácia do pessoal de serviço, oferecendo formação aos profissionais.
- Melhores acessos e locais adaptados: Melhorar a acessibilidade dos locais de serviços de saúde, considerando não apenas rampas, mas também a adaptação do ambiente para atender às diversas necessidades das pessoas com deficiência.
- Serviços com menos burocracia: Facilitar o acesso a serviços de saúde, reduzindo burocracias e tempos de espera.
- Mais transportes públicos em áreas pouco adaptadas: Incluir transportes, como táxis, onde os serviços de saúde são difíceis de aceder.
Essas propostas visam melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, abordando questões relacionadas à acessibilidade, formação de profissionais de saúde e acesso a produtos de apoio, entre outras preocupações.
17 de dezembro de 2022 — Combater a desinformação com os jovens
Mais uma vez, um grupo diverso de pessoas reuniu-se para discutir várias estratégias e propostas relacionadas com a literacia em saúde (LS) e como combater a desinformação. Aqui está um resumo das principais ideias e ações mencionadas:
- Utilização responsável de redes sociais: Propõe-se aproveitar as redes sociais, como o Spotify e o TikTok, para divulgar informações sobre literacia em saúde.
- Influenciadores digitais: Sugere-se o uso de influenciadores como embaixadores da literacia em saúde para atingir o público jovem.
- Parcerias estratégicas: Desenvolver parcerias com associações de estudantes e juvenis para criar plataformas comuns e alcançar a população local.
- Inquérito nacional: Realizar um inquérito nacional entre os jovens para avaliar o nível de literacia em saúde e identificar necessidades e comportamentos de risco.
- Temáticas de saúde mental: Abordar questões como acesso a apoio psicológico, desmistificação do estigma associado à saúde mental e compra de medicamentos na internet.
- Envolvimento de profissionais de saúde nas escolas: Trazer profissionais de saúde para escolas para ensinar conteúdos relacionados com a saúde.
- Ações locais sobre ideais de beleza: Abordar questões como botox e pressões associadas aos padrões de beleza.
- Capacitação de equipas editoriais e de assessoria de imprensa: Treinar profissionais de comunicação para transmitir informações de saúde de forma credível.
- Acesso a meios de comunicação digitais validados: Fornecer acesso a fontes digitais de saúde confiáveis.
- Métodos de ensino não formais: Implementar métodos de ensino que combatam a desinformação em saúde.
- Combate ao estigma na saúde mental: Envolvimento de movimentos associativos locais para combater estigmas relacionados à saúde mental.
- Equipas de jovens profissionais de saúde: Identificar jovens em risco para comportamentos aditivos e dependências.
- Regulamentação da publicidade online: Propõe-se regulamentar a publicidade online relacionada com a saúde.
- Educação desde a infância: Integrar a literacia em saúde nos currículos desde a infância.
- Cheque saúde mental positiva: Propor um “cheque” para a saúde mental como medida preventiva.
- Sessões de debate: Realizar sessões de debate envolvendo encarregados de educação e pessoas idosas.
- Sistema de rating para fontes digitais: Criar um sistema de classificação para fontes digitais de saúde.
Estas ações visam melhorar a literacia em saúde, abordar questões de bem-estar e promover uma comunicação eficaz entre profissionais de saúde e o público, especialmente entre os jovens.
14 de fevereiro de 2023 — Pessoas Idosas
A 4.ª miniassembleia, dedicada às pessoas idosas, realizou-se a 14 de fevereiro de 2023 na Universidade Sénior NovAtena. Os participantes foram divididos em 8 grupos para discussão de temas relacionados com palavras-chave sugeridas.
As propostas apresentadas incluem:
- Vacinação acessível: Gratituidade das vacinas, com destaque para a pneumonia.
- Melhor acesso a terapêuticas: Melhoria do acesso a medicamentos devido aos altos custos.
- Mais médicos: Aumento do número de médicos de família.
- Mais foco na estomatologia: Necessidade de assistência em estomatologia, incluindo médicos dentistas e educação em saúde oral.
- Mais prevenção: Realização de outros rastreios oncológicos, como para neoplasia pulmonar.
- Melhorar as soft skills: Ênfase na importância do carinho, especialmente para pessoas solitárias e fragilizadas, sugerindo maior referência pelo médico de família.
- Combater a solidão: Abordagem do problema do isolamento e falta de contacto periódico com médicos de família para pessoas vulneráveis.
- Mais apoio domiciliário: Proposta de envelhecimento acompanhado com transporte facilitado, encaminhamento e apoio domiciliário.
- Incentivar a vida social: Promoção da vida ativa, autonomia e direitos das pessoas idosas, incluindo atividades culturais e de lazer.
- Transportes partilhado: Sugestão de transporte partilhado para promover a autonomia.
- Mais respeito: Enfatização da necessidade de respeito e educação para pessoas mais velhas.
- Médicos mais próximos: Recomendação de médicos de proximidade, com múltiplas especialidades, não limitados a gerontologia.
- Mais apoio durante o luto: Sugestão de acompanhamento durante o luto para melhorar a felicidade das pessoas nesse período.
- Medidas de apoio à solidão: Ideia de uma linha telefónica de combate ao isolamento e divulgação dos serviços existentes.
- Mais voluntários: Incentivo ao voluntariado qualificado no apoio a pessoas idosas.
- Ginásios gratuitos: Proposta de ginásios gratuitos para pessoas idosas, defendendo direitos iguais.
- Comunicação mais empática: Pedido por comunicação mais empática entre médicos e pacientes idosos.
- Centros de Saúde mais acessíveis: Preocupação com a falta de serviços adequados nos centros de saúde, com destaque para horários alargados e consultas de especialidade.
- Mais apoio para combate às doenças crónicas: Enfatização do incremento de comparticipação para doenças crónicas.
- Melhor comunicação de resultados e exames: Necessidade de feedback claro sobre exames médicos entregues nas unidades de saúde.
- Criar um espaço intergeracional: Ideia de criar um espaço comum para pessoas idosas e crianças, construindo um lar e uma creche lado a lado para promover a interação intergeracional.
10 de março de 2023 — Pessoas Idosas
A 10 de março, a Universidade Sénior Casa Animada, em Massamá, recebeu dezenas de pessoas idosas para a última miniassembleia. Entre as propostas, destacam-se:
- Saúde oral: Falta de protocolo e eficiência na saúde, especialmente na saúde oral.
- Marcar consultas de forma mais fácil: Facilitar o acesso a consultas médicas, incluindo marcação.
- Médico para todos: Médico de família para todos, com atenção especial às pessoas idosas e doenças crónicas.
- Melhor relação médico-paciente: Tratamento mais humano por parte dos médicos.
- Mais mobilidade: Facilitar o acesso a transportes para pessoas carenciadas e com mais de 65 anos.
- Mais literacia sobre vacinação: Maior informação sobre prós e contras das vacinas, com dados estatísticos do Ministério da Saúde.
- Mais meios de diagnóstico: Disponibilização de meios de diagnóstico nos centros de saúde, como raios-X e análises.
- Horários alargados nos Centros de Saúde: Alargamento dos horários de funcionamento dos centros de saúde até à meia-noite.
- Menos tempos de espera: Redução do tempo de espera para consultas de especialidade e cirurgias nos hospitais.
- Mais vacinas: Vacinação obrigatória e aumento das vacinas gratuitas, incluindo a pneumonia.
- Melhorar soft skills: Maior disponibilidade de profissionais de saúde para oferecer carinho aos utentes.
- Melhor atendimento: Humanização dos serviços de saúde, melhor comunicação entre profissionais e utentes, e mais tempo nas consultas.
- Atenção aos cuidados paliativos: Melhoria das relações nos cuidados paliativos e continuados.
- Mais contactos: Facilitar o contacto com os profissionais de saúde.
- Promoção da informação sobre atos médicos: Melhorar a informação sobre intervenções cirúrgicas.
- Mais apoios dos média: Enfatizar o papel dos meios de comunicação, como a RTP, na prevenção da saúde.
- Melhorar acesso ao histórico clínico: Garantir que os utentes tenham acesso a exames, relatórios e informações sobre o seu estado de saúde.
- Mais literacia nas escolas: Educação nas escolas sobre vacinas e os seus riscos.
- Alargar as técnicas de saúde: Inclusão de acupuntura, homeopatia e quiropraxia no sistema de saúde, com certificação dos profissionais.
- Mais apoio aos cuidadores: Acompanhamento do cuidador em casos de pacientes acamados, psiquiatria, depressão, Alzheimer e cuidados paliativos.
- Mais formação de médicos: Aumento do acesso de alunos às faculdades de medicina.
- Mais atenção à enfermagem de família: Implementação de enfermagem de família com acesso imediato para questões como diabetes e infeções.
- Mais contactos: Acesso ao portal de saúde com possibilidade de ligação a vários números de telefone.