Dia Mundial do Refugiado
Por José Mendes Nunes, sócio da SPLS
A 4 de dezembro de 2000 a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 20 de junho como o Dia Mundial do Refugiado, que já era celebrado por muitos países africanos como o Dia do Refugiado na África. A primeira observância do Dia Mundial do Refugiado deu-se em 2001 por ocasião da celebração dos 50 anos da aprovação da Convenção de 1951 relativa ao estatuto dos refugiados. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) calcula-se que cerda de 14 milhões de pessoas se encontram na situação de refugiado. O objetivo da observância deste dia é o de homenagear todos os refugiados forçados a abandonar os seus lares e fugir sujeitando-se a perseguições, privações, humilhações e outras adversidades das mais variadas. Mas, como afirma o Secretário Geral das Nações Unidas, Dr. António Guterres, não são apenas números, são mulheres, crianças e homens em sofrimento.
Um refugiado é um fugitivo. Foge da desgraça, da guerra, da fome. O refugiado está entalado entre um mundo que o escorraça e outro que o nega. Na verdade, não têm Mundo, nem existência, apenas podem contar com o castigo de terem nascido e continuarem vivos (mais mortos que vivos). Neste dia é expectável vermos muita gente respeitável ir à ágora propalar a defesa dos refugiados como meio de se autopromoverem social e politicamente, mas nada de concreto que mitigue o problema e o sofrimento destas pessoas. Ah! Pois são pessoas!