Dia Mundial de Consciência Sobre Doença Falciforme
Por José Mendes Nunes, sócio da SPLS
A 63.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a 22 de dezembro de 2008, aprovou a resolução que reconheceu a anemia das células falciformes como um problema de saúde pública e propôs o dia 19 de junho, de cada ano, para sensibilizar para a importância desta doença, tendo a sua primeira observância em 2009.
A doença das células falciformes ou drepanocitose é uma das principais causas de morte nas crianças até aos 5 anos de idade nos países africanos e continente Indiano, mas também está presente nos países mediterrânicos. Como nem tudo na vida é, exclusivamente, mau ou bom, a mutação genética que está na causa da doença confere proteção contra a malária.
A mutação genética determina que os glóbulos vermelhos, em determinadas situações, se deformem e assumam a forma de foice, dai falciforme (do latim falx que significa foice) ou drepanocitose (do grego drepanon que significa foice).
A deformação e a rigidez dos glóbulos vermelhos da pessoa com drepanocitose não permite que estes se moldem de modo a circular pelos pequenos vasos sanguíneos, levando ao seu entupimento que se manifesta por dores e palidez (pela anemia) exigindo tratamento urgente.
As crises da drepanocitose podem ser desencadeadas por situações de stress, altitudes elevadas, desidratação, cansaço e até medicação.
A observância deste dia procura sensibilizar as nações para investirem no diagnóstico, investigação e tratamento da drepanocitose, para alem de aumentar o seu conhecimento junto do público em geral.